domingo, 18 de dezembro de 2011

A FAMÍLIA TERRENA DE JESUS.


ESTUDO DA GENEALOGIA DE JESUS - Mt. 1, 1 – 17
por Frei Severino Fernandes de Sousa, OFM


GENEALOGIA é o estudo da origem da família de Jesus.
Jesus, de origem divina, também teve uma família humana aqui na Terra.
Neste estudo vemos que existe três grupos de catorze gerações.
Os Judeus têm na numerologia a plenitude das coisas.
O número 3, o número 7 e o número 12 são números completos.
Duas vezes 7 são 14, isto quer dizer que realmente a genealogia de Jesus é certa.
A genealogia de Jesus sendo três vezes 14 gerações, a mentalidade judaica quis dizer que o nascimento de Jesus foi na plenitude dos tempos (gl. 4, 4); pois o número 3 é completo; e o número 7 também é completo. Duas vezes 7 é completíssimo; e três vezes 14 realmente é a plenitude dos tempos, Jesus, o Messias não podia nascer senão naquela época, pois chegara o momento dele nascer.
Seis é um número incompleto, e sete, como já disse, é um número completo: três vezes catorze também é seis vezes sete, e significa que na humanidade que sempre é incompleta porque está no meio das falhas e do pecado, no meio desta humanidade Jesus, nasceu, que é a plenitude do ser, um homem completo e pleno.
No Recife existe o Movimento Católico da Hora da Graça. A Hora da graça é a hora em que, por intermédio de alguém você se engaja mais na Igreja. A sua participação neste Estudo Bíblico é a plenitude dos tempos; é a hora da graça de Deus que chegou para você conhecer um pouco mais da Palavra de Deus.
A genealogia de Jesus em Mateus começa a origem terrena de Jesus em Abraão, mas na realidade a origem divina de Jesus começa em Deus (Lc. 3, 38).
Jesus sendo de condição divina (Cfr. Fil. 2, 6 a; Cl. 1, 15 – 20; Hb. 1, 1 – 4; Jo. 1 , 1- 4; Jo. 5, 18; Jo. 10, 33 – 34; Mc. 14, 61 – 62 ); não se apegou a sua igualdade com Deus (Fl. 2, 6 b), mas se fez um conosco na sua condição de homem, (Fl. 2, 7 – 8), e não se envergonhou ter em sua genealogia uma mulher Cananéia chamada Tamar que foi esposa de Her, e Judá, (Cfr. 2 Sm. 13, 1 – 36; Gn. 38, 1 – 29), foi violentada sexualmente pelo próprio irmão Amon (2 sm. 13, 11 – 14),
A LEI DO LEVIRÁTICO: A lei do Levirático no Antigo Testamento é a lei pelo qual quando o marido morre, o irmão do marido, isto é, o cunhado, se casa com a viúva para que o falecido irmão tenha descendência, pois o filho da viúva com o irmão do seu irmão, isto é o cunhado, é considerado filho do falecido.
Her se casou com Tamar (Gn. 38, 6), mas antes que Tamar ficasse grávida Her morreu, (Gn. 38, 7), pela lei do levirato seu irmão Onã devia se casar com Tamar, mas Onã não obedeceu à lei da geração (Gn. 38, 8 – 9)
Na Genealogia de Jesus também existe a Prostituta Raab, que escondeu os espiões de Josué em sua casa, (Js. 2, 1 – 14), por isto quando Josué conquistou a terra de Canaã onde Raab residia, ela e sua família não foi exterminada. (Js. 6, 17; Js. 6, 22 – 25).
Rute, a moabita, foi viver no país de Judá e se converteu a Deus. (Rt. 1, 14 – 22; Rt. 2, 1 – 23; Rt. 4, 1 – 18). O rei Davi que teve relações sexuais com a mulher de Urias, o hitita, (2 Sm. 11, 3 – 11; 2 Sm. 12, 9 – 19).
A genealogia de Jesus já é o anúncio de que o Evangelho de Jesus é destinado à todos os povos da terra, como Jesus, quando ficou adulto afirmou: (Cfr. Mt. 28, 18 – 20; Mc. 16, 15 – 16; Cl. 1, 23).
Convém notar um simbolismo numérico: as gerações de Abraão a Jesus são três vezes catorze, isto é seis vezes sete. Seis é o número da imperfeição e sete é o número da perfeição. Só com Jesus, o primogênito de uma numerosa fileira de irmãos (Rm. 8, 29), pois em Jesus todos os homens são irmãos de Jesus e todas as mulheres são irmãs de Jesus, a história da humanidade conhece a perfeição, com o nascimento de Jesus.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

O QUE SE PODE FAZER NO SÉTIMO DIA.?



O QUE SE PODE FAZER NO SÉTIMO DIA.?
Por Frei Severino Fernandes de Sousa, OFM

Neste evangelho (Mc. 2, 23-28) encontramos a Questão do sétimo dia. Reflitamos sobre isto.
Por que os Fariseus reclamaram com Jesus.?. Será que foi porque os Apóstolos de Jesus estavam comendo milho em dia de sábado, que era considerado como o sétimo dia da semana.?. Ou foi porque os Apóstolos de Jesus estavam colhendo milho em dia de sábado.?. No Antigo Testamento, o que realmente podia-se fazer no sétimo dia, que era o sábado.?
No sétimo dia da semana, que no Antigo Testamento era o sábado, não se podia trabalhar e nada podia ser feito, (Ex. 16, 23; Ex. 20, 8-10)), por isto na sexta feira trabalhava-se em dobro (Ex. 16, 22). Quem desobedecesse e trabalhasse no sétimo dia,isto é, no sábado, deveria morrer, (Ex. 31, 14).
O sétimo dia é um dia de alegria, porque lembra a libertação do povo de Deus quando vivia escravo no Egito, trabalhando os setes dias da semana, sem descanso, (Dt. 5, 15), e que Deus com sua mão poderosa os libertou.
Portanto os Fariseus não estavam reclamando com Jesus porque os Apóstolos estavam comento em dia de sábado, que, como já disse, era o sétimo dia. Os Fariseus reclamavam porque os Apóstolos estavam arrancando o milho do milharal, pois este ato caracteriza trabalho, e no sétimo dia era proibido trabalhar, e os animais também devem repousar no sétimo dia. (Ex. 23, 12)
E por que, faz mais de vinte séculos que o sétimo dia é o domingo.?. A resposta é fácil e lógica: por que Jesus ressuscitou em um domingo, (Mt. 28, 1-8; Mc. 16, 1-8; Lc. 24, 1-11).
O sétimo dia da semana deve ser observado, de geração em geração, pois é um sinal perpétuo entre Deus e o seu povo (Ex. 31, 15-16), pois Deus fez o mundo em seis dias e no sétimo dia repousou, (Ex. 31, 17;) e porque o sétimo dia é um dia santificado por Deus (Gn. 2, 1-3)
Mas Jesus concorda que no sétimo dia da semana possa ser feito o mínimo necessário para preservar a vida, (Mc. 2, 27).
Embora o sétimo dia seja santificado, e os sacerdotes trabalhem neste dia, celebrando atos litúrgicos, não pecam, porque foi o próprio Deus que permitiu que eles realizassem este trabalho (Lv. 28, 9) da pregação da Palavra e da celebração litúrgica.
Jesus é maior do que o templo (Mt. 12, 6) e Senhor do sábado, (Mt. 12, 8), por isto Jesus fez curas e milagres no sétimo dia da semana, (Lc. 13, 10-17; Lc. 14, 1-6; Jo. 5, 1-18; Jo. 9, 1-41).
Deus, através de Moisés determinou que todo homem (Gn. 17, 10) seja circuncidado, e que os Fariseus transgrediam o sétimo dia circuncidando o homem em dia de sábado, (Jo. 7, 22); ora, se os Fariseus transgrediam o sétimo dia circuncidando o homem em dia de sábado, ato que poderia ser feito em um outro dia da semana, então os Fariseus não poderiam reclamar com Jesus por que promove a vida em dia de sábado, que era o sétimo dia, e muito menos procurar matar Jesus (Jo. 7, 20-24).
Muito mais grave fez Davi com seus companheiros que comeram do pão consagrado que só era permitido aos Sacerdotes (1 Sm. 21, 2-7).
O pão sagrado deve ficar na Igreja por toda a eternidade, sendo substituído quando for consumido. (Ex. 25, 30).

ORAÇÃO


Senhor Jesus, dai-nos a coragem de trabalhar sempre, e ilumina aos nossos governantes para que ofereçam trabalho à todos os desempregados, para que todos possam viver condignamente e feliz; observando sempre o sétimo dia da semana, no repouso físico, na alegria de ser libertado da mais valia, e de tudo aquilo que nos escraviza; para que possamos a cada dia, e com mais intensidade, no sétimo dia, Te louvar e Te agradecer por tudo que somos e temos. Amém.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

NOSS SENHORA, A MÃE DE JESUS, NA BÍBLIA.


NOSSA SENHORA NA BÍBLIA
por Frei Severino Fernandes de Sousa, OFM


1) Textos do Novo Testamento
o Jo. 1, 1-4.10.14.18; Jo. 2, 1-12;
o Jo. 1, 16;
o Jo. 19, 25; Jo. 20, 19;
o Mt. 2, 1.3-5; Mt. 1, 20-21;
o Mt. 2, 1-12;
o Mc. 6, 3; Mc. 15, 40;
o Ap. 12, 1-3;

2) Textos do Antigo Testamento

o Gn. 3, 15; Mq. 5, 1;
o Is. 7, 14; Is. 9, 2.6-7; Is. 11, 1;


MARIA, A MÃE DE JESUS:

1. Acreditou em Deus. Lc. 1, 45
2. Acreditou no programa da Salvação de Deus: Lc. 1, 46-55
3. É uma pessoa que procura saber das coisas: Lc. 1, 29;
Lc. 1, 34
4. É uma pessoa que conhece a Escritura Sagrada.
5. Seu cântico do magnificat, (Lc. 1,46-55),
é uma paródia de 1 Sam. 2, 1-10.
6. É cumpridora dos preceitos evangélicos. Ex. 13, 2; Lc. 2, 22-23.27
7. Todos os anos, na festa da páscoa, fazia romaria para Jerusalém. Lc. 2,41
8. É cumpridora das leis do Estado. Lc. 2, 1-5.
9. Viveu pobre. Lc. 2, 4.6-7.
10. Sabia guardar segredo. Lc. 2, 19
11. Faz a vontade de Deus: Lc. 1, 38;
12. Teve todas as preocupações que todas as mães têm: Lc. 2, 41-52.
13. Agüentou a desconfiança de José: Mt. 1, 18-25.
14. Foi perseguida: Mt. 1, 19-23.
15. Exilou-se no Egito: Mt. 1, 13-15.
16. É cheia de graça: Lc. 1, 28.
17. Viveu trinta anos no Povoado de Nazaré cuidando de Jesus: Lc. 3, 23.
18. Participou das humilhações que seu Filho sofreu: Jo. 19, 15-27.
19. Rezando com os apóstolos, encoraja-os na evangelização: At. 1, 12-14
20. É nossa advogada nas dificuldades: Jo. 2, 1-3.
21. Acredita sempre em Jesus
e não se assusta com resposta ríspida: Jo. 2, 4-5.
22. É cheia de graça: Lc. 1, 28.
23. É bendita entre as mulheres: Lc. 1, 42.
24. É servidora: Lc. 1, 39-41.
25. Foi profetizada que seria Virgem e Mãe. Is. 7, 14.
26. Maria, a Mãe de Jesus, é a mulher, que em Gn. 3, 15; fala que ela esmagaria a cabeça de Satanás, representado por uma serpente.
27. Ela é a nossa intercessora. Jo. 2, 1 - 11;
28. Ela é Bem Aventurada. Lc. 1, 26 - 38

PORQUE A IGREJA CATÓLICA APROVA E USA IMAGENS;?



Porque a Igreja Católica aprova, usa e até incentiva as imagens?
Frei Mauro Strabeli


Na Bíblia tem passagens onde Deus proíbe as imagens e tem passagens onde Deus manda fazer imagens.
Algumas seitas religiosas de origem protestante, tem o costume de dizer que os católicos adoram imagens, e querem tais seitas convencer o mundo inteiro de que isso é a mais pura verdade!
Evidentemente, essa afirmação não tem seriedade nenhuma e sequer merece consideração, pois é absurda não suporta a menor das analises histórico-teólogicas. Esse tipo de “problema bíblico” não é levantado, porem, pelas grandes confissões religiosas protestantes.
Passagens onde Deus proíbe: Ex 20,4-5; Dt 5,8-10; Lv 19,4; Nm 33,51-52
Passagens onde Deus manda fazer: Ex 25,17-32; 1Rs 6,13-19; Nm 21, 4-9, 1Rs 8,3-7.
Ø Os judeus usavam imagens como sinais da Presença de Deus e por elas Deus lhes falava (Ex 25,17-32).
Ø As paredes ao redor do templo, interna e externamente, foram esculpidas com figuras representando querubins (1Rs 6,29).
Ø No Santo dos Santos colocaram-se dois querubins de oliveira selvagens com dez côvados de altura (1Rs 6,23).
Ø Os querubins terão asas abertas para cima cobrindo com elas o propiciatório... Ali Eu me encontrarei contigo... (Ex 25, 18-20-22).
Que Deus falasse pelos querubins era coisa aceita pelo povo de Israel que até havia um ditado popular que dizia: “Deus está sentado entre os querubins”. (1 Sm 4,4; 2Sm 6,2; Sl 98,1 etc). E tais querubins, tais imagens e pinturas foram feitas por ordem de Javé, como se viu.
Pelos textos bíblicos pode-se dizer que Deus tanto proíbe fazer imagens como manda fazer imagens...
A intenção da bíblia, porem, não é a de falar de imagens e sim do significado da imagem.
Os judeus no tempo da instalação na terra de Canaã (cf. Juízes e de Samuel), tinham dificuldade para distinguir entre o significado religioso e o artístico de uma imagem, pois convivia com povos idolatras.
A Igreja Católica não estabelece o culto aos santos acima do culto a Deus (chamado culto da latria, isto é adoração). Somente Deus deve ser adorado.
O culto aos santos é ato publico de Veneração. É memória ou recordação. Santo ou Santa, é cristão, cristã, que souberam viver o seu batismo e deram testemunho de Jesus Cristo e do Evangelho no mundo. Alguns deles foram até grandes pecadores, mas se converteram radicalmente a Deus e ao próximo. Por isso, são modelos de santidade, modelos de vida.
Todo aquele que vive integralmente sua fé é digno de imitação, é modelo. São Pulo diz na primeira carta aos Tessalonicenses: “No mais irmãos, aprendestes de nós como vos deveis comportar para agradar a Deus...” (1 Ts 4,1). Paulo se apresenta ainda como modelo pessoal a ser imitado: “Portanto, eu vos suplico: sede meus imitadores” (1Cor 4,16); “Sede meus imitadores como eu sou de Cristo (1Cor 11,1); “Irmãos, sede meus imitadores” (Fl 3,17).
Assim sendo, a imagem do Santo ou Santa é apenas sinal. Lembra a pessoa que serviu a Deus e aos irmãos. E nós vivemos num mundo de sinais, de símbolos; tudo é simbólico ou sinal.
O problema quanto à relação com as imagens está na intenção de quem faz a imagem, se a imagem é feita para tomar o lugar de Deus é condenada não conduz a nada e não cura ninguém, é pecado idolatria, confira (2 Sm 7,3-4). Quando a imagem é sinal de Deus, ela conduz a Ele e em alguns casos cura através da imagem (cf. Nm 21,4-6).
Fonte: Bíblia: Perguntas que o povo faz, Frei Mauro Strabeli, Paulos, 1990)